(Lukas Christensen — Gerente de projetos | Alan Birbrier — Scrum master)
A gestão de qualidade laboratorial é essencial para garantir a confiabilidade, agilidade, precisão nos resultados e que os processos estejam conforme as regulamentações.
Em um mundo cada vez mais dependente de análises laboratoriais para tomadas de decisões nos diagnósticos médicos, a importância da gestão de qualidade se torna essencial, pois ela traz mais segurança ao paciente, eficácia dos diagnósticos e qualidade nos resultados.
Para atingir esse objetivo, os laboratórios devem implementar sistemas e procedimentos que garantam o controle rigoroso dos processos, validação de métodos analíticos e competência dos profissionais envolvidos.
Quer compreender a importância da gestão de qualidade laboratorial e seu impacto significativo no mundo moderno? Então continue a leitura e acompanhe as dicas de dois especialistas da Matrix, o Lukas Christensen (Gerente de projetos) e Alan Birbrier (Scrum master).
O que é gestão de qualidade laboratorial
A gestão de qualidade é como um mapeamento de processos. De modo geral, é uma série de políticas e estruturação de métodos realizados dentro do laboratório, para garantir que os resultados dos exames sejam precisos e dentro dos padrões estabelecidos.
Essas averiguações são reavaliadas regularmente, a fim de assegurar que os processos de análise e exigências éticas sejam seguidos, que os resultados estejam dentro dos padrões aceitáveis e a segurança dos pacientes.
Nos laboratórios de análises clínicas, há três fases que dividem os processos laboratoriais: pré-analítica, analítica e pós-analítica. Assim, em cada uma delas há práticas de gestão de qualidade que devem ser seguidas.
Fase pré-analítica
Essa etapa refere-se ao preparo adequado dos pacientes para a execução de seus exames. Sendo assim, é necessário ter processos bem estruturados, procedimentos descritos com clareza e um software completo que contribui para que as atendentes passem todas as informações necessárias corretamente.
Fase analítica
Após a coleta, as amostras são encaminhadas para o setor técnico, e aqui começa a fase analítica — ou seja, é a etapa da análise do material recolhido. Nesse estágio, é fundamental contar com processos, equipamentos e softwares laboratoriais de qualidade para assegurar a confiabilidade nos resultados obtidos.
Fase pós-analítica
Nessa fase é feita a conferência, validação e liberação de laudos adquiridos. Desse modo, os laboratórios devem planejar seus processos para que falhas não passem despercebidas e que os pacientes possam ter diagnósticos precisos.
Diferença entre gestão de qualidade e controle de qualidade
Segundo o Lukas Christensen, apesar da gestão de qualidade e controle de qualidade terem conceitos diferentes, eles são complementares.
A gestão de qualidade tem aspecto voltado à atribuição de políticas e definição de metodologias para realização dos controles. Esse conceito envolve planejamento e envolvimento da equipe para aprendizado e melhoria contínua.
Já o controle de qualidade é um conceito mais específico e operacional voltado para verificação e monitoramento dos instrumentos analíticos, quando o assunto é Medicina Diagnóstica. Desse modo, seu objetivo é identificar se os processos e equipamentos estão dentro das exigências do laboratório e em condições de emitirem resultados corretamente.
Vale ressaltar que é fundamental a adoção e prática de ambos para atingir alto nível nos padrões de qualidade.
Implantação da gestão de qualidade em laboratórios de análises clínicas
Segundo o nosso Gerente de projetos, o processo de implantação de gestão de qualidade inicia com um levantamento da situação atual, identificando pontos de risco e oportunidades de melhorias no processo.
Os próximos passos envolvem estabelecer políticas e objetivos de forma clara para que:
- todo o laboratório se familiarize com os conceitos e práticas de qualidade;
- sejam registrados os POPs de cada processo;
- ocorra o monitoramento do controle interno e a participação em programas externos de controle de qualidade.
Nesse processo de implementação, o trabalho é contínuo para melhoria e aprimoramento de todos os processos.
Integração da Matrix com um sistema de controle externo de qualidade
O Matrix QC é uma das nossas soluções para medicina diagnóstica, o qual visa centralizar o controle interno de qualidade, podendo ser integrado a qualquer LIS.
Atualmente, ele tem integração com o software Unity para exportação de resultados de controle. Com isso, é possível que os resultados de controles da BioRad, por exemplo, sejam transferidos para o Unity, permitindo diversas análises, como interlaboratorial e média global.
Com a Controllab, também temos a integração do Controle Interno com o Matrix QC. Já o driver de integração dos controles de proficiência está no roadmap — “mapa” visual e detalhado para organizar as metas de desenvolvimento de um software — para ser implementado em uma primeira fase para exportação de resultados de controle interno, equivalente ao que temos junto ao Unity. Para o futuro, está em análise uma segunda fase com as funcionalidades de controle externo.
5 vantagens do uso do novo Matrix QC
Segundo o Alan Birbrier, o Matrix QC oferece diversas vantagens para seu laboratório, tendo as cinco principais apresentadas a seguir.
1. Conceitos de unidade produtiva e áreas
Permite uma gestão centralizada de diferentes unidades produtivas. Assim, facilita a manutenção dos cadastros, evitando duplicação de controles, lotes, médias, gestão de usuários e permissões. Além disso, é possível ter uma gestão de permissões eficiente e categorizada de acordo com o perfil de acesso de cada colaborador.
2. Análise do coeficiente de variação (CV)
Com o novo Matrix QC, os laboratórios conseguem fazer uma análise estatística dos resultados mensalmente, por meio do cálculo CV, ainda com a possibilidade de comparar diferentes UPs, áreas, instrumentos, entre outros.
3. Nova tela de resultados
A tela de resultados do Matrix QC foi totalmente reformulada com uma nova usabilidade, em que unifica a visão dos resultados com seus níveis e corridas, junto a visão de gráfico Levey Jennings e visão Estatística.
Agora, também é possível sinalizar visualmente a troca de lotes e alteração nos valores de médias de forma gráfica. A tela de resultados possibilita, inclusive, o acesso e comparativo de resultados de diferentes instrumentos, com ações de revisão técnica e gerencial a partir do próprio gráfico.
4. Novos tipos de média
Há também a possibilidade de configuração e uso dos tipos de médias: nominal (bula), mundial, designada e acumulada.
5. Gestão de controle qualitativa e semiquantitativa
No Matrix QC foi incluído a gestão de controles qualitativos e semiquantitativos, feitos a partir de valores pré-definidos ou interpretações pré-configuradas — por exemplo, a partir de faixas de valores (ranges) ou fórmulas totalmente configuráveis. Com isso, é possível ter uma ferramenta de sinalização de violação de regras e gráficos para facilitar a análise na tela de resultados durante as revisões de controle.
A gestão de qualidade laboratorial é fundamental para garantir a confiabilidade e precisão dos resultados obtidos em análises laboratoriais, além de estar conforme as normas e regulamentações.
Ao implementar sistemas robustos, seguir diretrizes adequadas e contar com profissionais capacitados, os laboratórios podem assegurar que suas atividades contribuam efetivamente para a tomada de decisões dos diagnósticos médicos.
Portanto, é essencial investir na gestão de qualidade e softwares que contribuem para garantir a credibilidade e eficácia dos laboratórios, como o Matrix QC. Acesse o nosso site e entre em contato com nossos especialistas para saber mais sobre nossa solução.