A pandemia decorrente do contágio pelo coronavírus tem impactado todos os aspectos do cotidiano, tanto para a sociedade científica quanto para o público em geral.
A contaminação que se iniciou na cidade de Wuhan, na China, tem desafiado sistemas de saúde, públicos e privados, ao redor de mundo, e cada país adotou medidas preventivas e terapêuticas conforme os seus órgãos competentes.
Infelizmente, o número de infectados e de óbitos ainda é elevado, principalmente nos Estados Unidos, no Brasil e na Índia. Nos países europeus, a taxa de contágio foi se estabilizando gradativamente, embora ainda haja transmissões elevadas em alguns locais.
Diante desse cenário, vamos falar sobre o setor de saúde no combate ao coronavírus. Então, vamos lá?
Cenário clínico sobre a pandemia do coronavírus
As pesquisas sobre estratégias terapêuticas e preventivas para o combate à COVID-19 correm contra o tempo, porém os resultados ainda são controversos.
Em 11/09/2020, já eram mais de 28 milhões de casos identificados e mais de 900 mil mortes, no mundo, conforme dados do gráfico disponível no Google.
As condutas dos países em virtude desse problema divergem muito. Enquanto na Suécia o governo optou por medidas pouco restritivas, na Nova Zelândia as fronteiras foram fechadas quando havia apenas 28 casos confirmados de coronavírus, entre outras medidas restritivas, que se mostraram muito eficientes na contenção da disseminação da doença.
China e Coreia do Sul adotaram medidas extremas com o distanciamento social, monitoração dos casos suspeitos e avaliação da resposta clínica dos doentes e seus familiares.
Algumas regiões da Itália retardaram as medidas de fechamento de lugares públicos para evitar aglomerações e reduzir o contágio, causando uma crise no sistema de saúde.
No Brasil, algumas cidades incluíram o lockdown ou a quarentena conforme informações da capacidade hospitalar de suas localidades, sendo que algumas já flexibilizaram as medidas para as atividades comerciais não essenciais. Infelizmente, nos mantivemos num platô de números de novos casos, e só recentemente os números estão dando indícios de queda.
Estratégias no combate ao coronavírus
As pesquisas em andamento e algumas já finalizadas, determinam que as estratégias de distanciamento social são as mais efetivas enquanto não há um tratamento ou possibilidade de vacinação em massa.
Todavia, os impactos sociais e econômicos têm causado diversos transtornos, pressionando os governantes a decretarem ações conforme a mudança do cenário.
Conheça a seguir algumas ações tomadas no país.
Suspensão de consultas e exames eletivos
Durante um período, uma das medidas adotadas por órgãos municipais e estaduais foi a suspensão das consultas e exames eletivos, com a finalidade de evitar aglomerações dentro de um recinto fechado e pouco ventilado, característica da maioria dos ambulatórios e centros de especialidades. De modo geral, houve uma queda em número de atendimentos em todos os serviços de emergência de casos não relacionados ao coronavírus.
Como se sabe, a adoção dessa medida não foi uniforme em todo território, pois cidades pequenas mantiveram o funcionamento e os atendimentos, com algumas restrições.
Aumento dos leitos de UTI
Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, Amazonas, Minas Gerais, Paraná entre outros, além do Distrito Federal viabilizaram a abertura de novos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para os casos mais graves da doença.
A maioria dos governantes também facilitou a criação dos hospitais de campanha com leitos para tratamento clínico avançado para diminuir a sobrecarga das demais instituições que já trabalhavam em seu limite de ocupação.
Agilidade nos testes da COVID-19
Um ponto epidemiológico muito importante é ter uma estimativa de quantos infectados existem na população estudada para assim instituir medidas de suporte terapêutico e intermediar novas ações para evitar a disseminação.
Sendo assim, muitos governantes ampliaram a capacidade de testagem em massa da população ou daqueles indivíduos que estão na linha de frente do combate à COVID-19, como profissionais da saúde e da segurança pública.
Ao mesmo tempo, as autorizações da ANVISA para utilização dos testes laboratoriais disponíveis ocorreu mais rápido do que os processos burocráticos normais, facilitando a testagem.
Em 21/07/2020 foi publicada a Portaria 1.792 que tornou obrigatória a notificação de todos os resultados dos testes de COVID-19, por parte dos laboratórios, em até 24 horas após a emissão do laudo. Desde então, os laboratórios que processam esse tipo de exame, devem ter integração com a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), apresentou no dia 18/08, os resultados da Fase 1 do Inquérito Sorológico realizado com 2000 estudantes, entre crianças e adolescentes, da rede municipal de ensino. Este mapeamento apontou um índice de prevalência de 16,1%. A pesquisa apontou que 64,4% dos alunos que testaram positivo eram assintomáticos. Os exames foram processados no LabZoo/COVISA, que utiliza os sistemas Matrix.
Prioridade de atendimento aos pacientes de risco
A COVID-19 é uma doença até então com taxa de mortalidade pequena se comparada a outras enfermidades. O problema se instala pela falta de terapêutica efetiva e da possibilidade de complicações nos pacientes de risco.
Quando pudermos ter uma vacina eficaz, esses grupos serão priorizados para serem vacinados antes dos demais, bem como os profissionais da linha de frente.
Investimentos em pesquisas
O setor de saúde nunca esteve tão em evidência como agora, devido às inúmeras pesquisas sobre o coronavírus. Ensaios clínicos e estudos observacionais para avaliarem as opções terapêuticas ou o comportamento da doença nas diversas populações pelo mundo são algumas das frentes de trabalho.
A corrida por uma resposta facilitou a parceria de grandes universidades com laboratórios farmacêuticos e viabilizou recursos financeiros em tempo recorde para resolver essa grande demanda.
Podemos salientar a importância dos laboratórios clínicos, incluindo os laboratórios de apoio, ao terem adaptado suas rotinas para implantação dos testes da COVID-19, além de terem aumentado sua capacidade para realizarem mais rapidamente outros tipos de exames, que servem como parâmetros na avaliação da evolução da doença nos pacientes infectados.
A pandemia da COVID-19 transformou o cenário mundial e ainda teremos meses pela frente nessa batalha. Ainda não se sabe ao certo por quanto tempo dura a imunidade das pessoas que se recuperaram da infecção, portanto, há uma grande chance de que a nossa rotina seja adaptada a uma nova normalidade, diferente da que éramos habituados.
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