A segurança de dados se tornou uma discussão recorrente com a entrada da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e por sua importância nas mais diferentes ações realizadas no mundo digital. Esse assunto é ainda mais relevante no setor de saúde, onde existe uma carga de informações pessoais dos pacientes, que devem ser preservadas.
A informação sempre foi um ativo muito valioso para a humanidade, mas devido ao progresso tecnológico e às mudanças dinâmicas nos mercados de produtos e serviços, a informação tornou-se cada vez mais importante. Devido a necessidade da proteção das informações surgiram os mecanismos de segurança de dados.
Isso é o que destaca o Analista de Infraestrutura da Matrix, Renan Vieira da Silva. Ele explica que a segurança de dados é “todo conjunto de ações preventivas e reativas, que tenha o foco em manter a autenticidade, a confidencialidade, a conformidade, a integridade e a disponibilização das informações”.
Dentro desse cenário, o que precisa ser feito para garantir a segurança de dados em laboratórios? A seguir, listamos algumas boas práticas, conforme dicas do Analista de Infraestrutura da Matrix. Confira!
Implemente políticas de segurança cibernética
As políticas de segurança cibernética são boas práticas a serem seguidas para realizar a gestão interna dos dados. Elas devem estar alinhadas à LGPD, lei que alterou completamente a forma como as empresas operam no país, bem como a forma com que armazenam e trabalham os dados pessoais dos clientes.
Segundo Renan, para estar em conformidade com a LGPD, é importante realizar as seguintes ações:
- adotar mecanismos de segurança e proteção, para evitar vazamentos de dados de usuários e informações;
- criar meios para que os usuários tenham controle e acesso às suas informações;
- trabalhar com mais transparência no que se refere ao uso de dados pessoais de seus usuários, parceiros e clientes.
A partir disso, é possível estabelecer as políticas de segurança cibernética a serem seguidas, que “podem ser aplicadas de forma simples, porém com grande grau de confiabilidade”, completa Renan. Entre as melhores práticas de proteção da informação estão:
- instalação de sistemas e técnicas de detecção de vulnerabilidades de hardware e software;
- realização de backup de segurança de dados;
- adoção da redundância de sistemas;
- gerenciamento aprimorado do controle de acesso;
- definição de regras de negócios;
- gestão de riscos;
- definição das políticas de segurança da informação;
- modificação da cultura da organização.
Mantenha registros e dados da forma correta
Os registros devem ser manipulados com cuidado. Eles devem ser utilizados somente para o uso para o qual foi definido, tendo os devidos termos de consentimento ativos e atualizados, sempre que necessários. Por sua vez, as informações solicitadas deverão ser aquelas imprescindíveis ao propósito desejado.
Além disso, é importante que o laboratório tenha os dispositivos para controle e manutenção de registros e dados, como por exemplo:
- sistema de controle de acesso;
- sistema de backup;
- possibilidade de anonimização;
- trilhas de auditoria quanto ao uso dos dados;
- criptografia.
Renan ainda destaca que é preciso estudar o tratamento dos dados. “Eles não devem ser mantidos por mais tempo do que o necessário. Então, há necessidade de uma análise constante para fazer a limpeza das informações. Deve-se ter uma rastreabilidade de tais registros e informações para que, em caso de solicitação de exclusões, o processo seja efetuado de forma segura e clara”, relata.
Use a criptografia
Conforme o Analista de Infraestrutura da Matrix, a criptografia consiste em um conjunto de princípios e técnicas usados para garantir a segurança de dados. Seu funcionamento básico consiste em “embaralhar” o conteúdo das mensagens e/ou arquivos, a fim de torná-los ininteligíveis.
O remetente e o destinatário das informações criptografadas possuem uma “chave” que quando utilizada, permite criptografar e/ou descriptografar o conteúdo de um determinado dado. A criptografia é uma ferramenta que deve ser utilizada para proteger dados específicos, contidos em arquivos ou mensagens.
Viabilize a segurança de rede contra invasões
A segurança de rede serve para preservar a segurança dos dados da empresa. Para isso, certifique-se de minimamente monitorar e controlar:
- qualquer acesso não autorizado;
- o uso indevido;
- toda modificação indesejada no sistema de rede.
Para atender aos requisitos de segurança de rede, o Renan Vieira reforça alguns pontos importantes:
- controle de acesso;
- firewall;
- prevenção contra perda de dados (DLP);
- rede privada virtual (VPN);
- software endpoint (antivírus e antimalware);
- segurança de e-mail;
- segurança de dispositivos móveis;
- segmentação de rede;
- conscientização e treinamento do usuário.
Adote um sistema seguro
A adoção de um sistema seguro depende de vários fatores, entre eles a implantação de processos que garantam a segurança das informações, tais como a conscientização dos usuários, a definição do controle de acesso (a maior parte dos problemas de segurança são por falhas humanas), a utilização de softwares de segurança para monitoração e proteção do ambiente, a trilha de auditoria e a utilização de aplicações e softwares que tenham garantias e certificações com relação à proteção de dados.
Todas essas medidas são importantes para evitar prejuízos derivados da falta de segurança. A falta de um plano ou de sua implementação, podem impactar o negócio de diferentes formas. Conforme nos alerta Renan, “a vulnerabilidade a desastres, o vazamento e o sequestro de dados, a espionagem, a perda de confiança do mercado e a interrupção dos serviços são alguns dos cenários que podem ocorrer”.
Cuidar da segurança dos dados traz enormes benefícios. Lembrando que para o funcionamento eficaz, a política deve ter algumas características, como veracidade, simplicidade e a possibilidade de contar com os compromissos dos gestores da organização e de terceiros. “É ineficiente traçar uma política inconsistente com as ações da empresa, pois isso impossibilita o seu cumprimento”, ressalta Renan.
Ao fazer isso, há vantagens obtidas a curto, médio e longo prazos. No primeiro caso, além de se alcançar mais segurança no processo de negócio, também é possível constatar a prevenção de acessos não autorizados, danos ou interferências.
No médio prazo, há padronização de procedimentos, adaptação de segurança de novos processos e definição e quantificação da resposta a incidentes. Por sua vez, no longo prazo, atinge-se retorno sobre o investimento pela redução dos problemas relacionados a incidentes de segurança da informação.
Portanto, fica claro que essas práticas são necessárias, não por uma obrigatoriedade da LGPD, mas sim para fidelizar e trazer confiança para pacientes, clientes e parceiros. Assim, para aperfeiçoar a segurança de dados, o seu laboratório deve contar com softwares adequados, pois dessa forma você informatiza seu negócio com toda a proteção necessária.
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